Voltaram, pois, os guardas do templo aos chefes dos sacerdotes e aos fariseus, os quais lhes perguntaram: “Por que vocês não o trouxeram?” “Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala”, declararam os guardas. (João 7:45-46)
Olhar para a vida de Jesus, registrada nos Evangelhos, é sempre algo maravilhoso! Ver o modo como o Mestre se portava, o modo como agia e reagia a todas as situações é, sem dúvida alguma, algo que nos traz grandes ensinamentos.
No capítulo 7 do Evangelho de João, Jesus vai a Jerusalém durante uma festa judaica, chamada Festa das Cabanas. E, como sempre acontecia quando ia a qualquer lugar, a presença de Jesus causou alvoroço e diferentes reações, positivas e negativas. E, por isso, a situação chegou, como em outras ocasiões, ao ponto de alguns quererem prender Jesus para o matar. O texto, porém, é claro ao afirmar que "ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora" (Jo 7:30).
Entretanto, o momento ápice ainda estava por vir, pois, no último dia da festa, Jesus ergue Sua voz e clama: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva." (Jo 7:37-38). E, a partir daí, o povo fica bastante dividido, dizendo uns que Ele era o Profeta, outros o Messias que estava por vir e ainda outros novamente querendo predê-Lo, de modo que houve grande rebuliço e confusão entre o povo por causa d'Ele (Jo 7:43). E, novamente, ninguém Lhe pôs as mãos.
O que quero destacar, porém, são as palavras dos guardas do templo, que haviam sido enviados pelos chefes dos sacerdotes e pelos fariseus, sendo ambos grandes opositores de Jesus, com o intuito de prendê-Lo. E foi por isso que iniciei esta fala com o texto dos versículos 45 e 46. Destaco, então, as palavras destes guardas: "Ninguém jamais falou da maneira como este homem fala.".
O discurso de Jesus era tão impactante e tão diferente de tudo o que já se havia visto que nem mesmo aqueles que deveriam prendê-Lo tiveram coragem suficiente para isso. Até porque era um discurso que se refletia claramente em Suas ações. Ele era diferente de todo e qualquer outro "agitador" com o qual as autoridades judaicas já haviam tido que lidar. Ele não era um agitador qualquer. Ele era diferente de tudo o que já tinham visto. E, por isso, a grande justificativa que os guardas apresentam àqueles que deles cobravam resultados foi apenas: "Ninguém jamais falou da maneira como este homem fala". E, de fato, ninguém jamais falou ou sequer falará como Ele. Destaco ainda mais a expressão "Ninguém jamais...".
A maior verdade que podemos dizer é que ninguém jamais pode ser comparado ao Mestre. Ninguém jamais falou como Ele fala! Podemos dizer ainda mais: ninguém jamais agiu como Ele agiu ( e ainda age); ninguém jamais amou como Ele amou (e ainda ama); ninguém jamais viveu como Ele viveu (e ainda vive); enfim, poderíamos facilmente usar todos os verbos no presente sem nenhuma dificuldade, pois Jesus era e ainda é inigualável!! É inevitável que mesmo aqueles que n'Ele não creem percebam Sua superioridade e diferenciação de qualquer outro. Até mesmo aqueles guardas perceberam e qualquer um ainda pode perceber nos dias de hoje.
Vamos, portanto, continuar crendo nisso e agindo de acordo com isso que cremos! Ninguém é como Jesus e jamais será! Que grande e maravilhosa verdade presente no discurso daqueles guardas! Que ela também se faça presente em nossos discursos e que possamos sempre dizer que "Ninguém jamais (...) como Ele."
Uma boa semana a todos e até a próxima!
Em Cristo,
M. Vinicius (Montanha)
Ps.: A quem tiver interesse, recomendo uma belíssima canção do grupo vocal norte-americano Acappella, chamada "No One Ever" (Ninguém jamais). Após ler este texto, a lembrança dela foi algo inevitável. E eu sempre gostei desta música por sua conjugação dos verbos no presente, como falei há pouco. Não sei a razão, mas não consegui postar o vídeo do youtube, então, aí vai o link. Enfim, "No one ever...".
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