Olá! Após anos e anos, sempre querendo achar uma forma de registrar por escrito minhas ideias (desde as mais sábias às mais malucas, assim consideradas por alguns ou por todos, não sei), resolvi, finalmente, iniciar este blog. Estarei registrando minhas experiências pessoais, seja como Marcus, ou Vinicius, ou Montanha, ou seja lá como você me conhece! Estarei também postando mensagens, reflexões e devocionais e espero que você seja ricamente abençoado. Fique à vontade para participar da maneira que desejar e também para usar o que for postado, desde que isso abençoe vidas. Seja bem-vindo ao Blog do Montanha!

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O EVANGELHO DA HUMILDADE E DO ARREPENDIMENTO

Graça e paz a todos!

Sempre que leio os Evangelhos, fico impactado com as enormes lições que aprendo e com as coisas extraordinárias que consigo ver. Recentemente, pude reler o Evangelho de Marcos e, já em seu início, percebo lições que podem nos ensinar bastante.


Após ler a passagem de Marcos 1:1-15, vejo claramente que o autor apresenta a seus leitores a mensagem inicial do Evangelho. Marcos mostra a seus leitores como tudo começou. Esta era a sua intenção, o que pode claramente ser visto já no primeiro versículo.

Vale lembrar que, segundo os historiadores, Marcos foi o primeiro a escrever um evangelho. Depois dele, Mateus, Lucas e João se propuseram também a isso. E Marcos o fez por perceber a necessidade de que se apresentasse o Filho de Deus a seus leitores. As primeiras testemunhas, que haviam visto o Mestre e andado com ele, estavam morrendo, mas o testemunho jamais poderia morrer. E, assim, ele resolve escrever sobre isso.

Na passagem citada, vemos Marcos tratar sobre o início de tudo. De forma rápida e direta ele nos mostra, sim, como tudo começou. E, a partir disso, podemos enxergar algo que muito nos ensina. O Evangelho, desde seu início, evidenciava em sua mensagem algo de extrema relevância para nós. Ele evidenciava duas características que gostaria de destacar.

1 – O EVANGELHO TRAZIA UMA MENSAGEM DE HUMILDADE

Ao olhar para o versículo 7, percebemos que João demonstrava humildade. Sim. De fato, João Batista tem sido comumente apresentado em estudos bíblicos e sermões como alguém que foi exemplo nesse quesito. Mas o texto não para por aí. No versículo 9, ainda no capítulo 1, vemos que Jesus demonstrou humildade. O Grande Mestre é, sem dúvida, o maior exemplo de humildade que a humanidade já teve (e terá).
Podemos perceber que Marcos se ocupa em demonstrar o valor da humildade como presente no Evangelho desde seu início. E isso deve nos fazer refletir um bocado sobre o que se tem visto por aí.
A verdade é que o Evangelho da humildade precisa ser conhecido e lembrado por nós. Precisamos voltar aos primórdios de nossa fé, percebendo o quanto a humildade se fazia presente desde o início de tudo. Onde, então, ela se perdeu? Ou, melhor: onde nós a perdemos? Na verdade, onde nós a deixamos? Os nossos púlpitos precisam ser mais humildes, os nossos líderes, por conseguinte, devem fazer o mesmo e nossas ações diárias precisam refletir totalmente o valor da humildade. Isso, porém, será completamente oposto ao que se vê ao nosso redor, já que vivemos numa sociedade extremamente progressista, na qual humildade significa fraqueza ou uma mera utopia ultrapassada e distante e todos desejam superar uns aos outros. Não vejo isso nas Escrituras, mas vejo isso nas igrejas, já que a competitividade entre elas e seus líderes e ministros tem crescido cada dia mais. Às vezes, na mesma comunidade, ministros competem entre si sobre quem seria mais importante ou sobre quem é o melhor. Repito, não vejo isso na Escritura e, principalmente, no ministério de Jesus.

2 – A MENSAGEM DE ARREPENDIMENTO

Assim como podemos ver ainda no ministério de João (v. 4), a mensagem de Jesus em Seu ministério, expunha a necessidade de arrependimento. Basta olhar para o versículo 15 para enxergar o que digo. O Reino de Deus evidencia a real necessidade de arrependimento, ou seja, a necessidade de mudança de direção. Assim como alguém que guia seu carro numa direção contrária à que deve, de fato chegar, e, por isso, procura um retorno, o arrependimento precisa ser esta mudança completa de direções erradas em nossas vidas. Há um ponto de retorno que precisa ser encontrado e no qual se deve entrar.
O fato, porém, é que o Evangelho do arrependimento precisa voltar a habitar os nossos púlpitos. Não se fala mais de pecado. Justifica-se práticas que não agradam ao Senhor com as mais diferentes teorias. Contudo, a mensagem de arrependimento precisa voltar a ser pregada (e vivida) por todos os cristãos. O evangelho ralo, raso e espúrio precisa ser abandonado, dando lugar ao Evangelho da Graça do Senhor, que nos conduz, inevitavelmente, ao arrependimento. Sem arrependimento, não há Evangelho! E muitas são as vezes em que pecamos contra o Senhor e/ou contra outros, mas não nos arrependemos e muito menos pedimos perdão.

CONCLUSÃO

Assim como os leitores de Marcos, nós não fomos testemunhas oculares de tudo o que aconteceu. Nós não vimos como tudo começou e nem estamos mais diante de pessoas que testemunharam tudo em primeira mão. Mas, ainda assim, os primórdios do Evangelho também precisam ser lembrados a nós e por nós. E, ao olhar para como tudo começou, veremos que, desde seu início, o Evangelho continha a mensagem de humildade e de arrependimento. De fato, sem a humildade o arrependimento não acontece. E assim, porque a humildade não tem estado presente em muitos púlpitos, a mensagem de arrependimento tem sido deixada de lado. E, por não serem pregados, a humildade e o arrependimento têm sido constantemente negligenciados pelos atuais evangélicos (uso o termo para fazer menção proposital ao Evangelho, mas não gosto da conotação atualmente adquirida).

Marcos apresentou a seus leitores a mensagem inicial do Evangelho: o Evangelho de humildade e de arrependimento. E, mesmo não sendo o público original de Marcos, como leitores, nós também tivemos acesso a esta mensagem. Vamos, então, colocá-la em prática, lembrando que, desde seu início, o Evangelho trazia como pilares inegociáveis e indispensáveis a humildade e o arrependimento.

Portanto, vamos viver melhor as nossas semanas, começando por esta que já se iniciou. Vamos ser humildes em nossas relações interpessoais não apenas na igreja, mas no trabalho, na faculdade, na escola, na família. E, ao praticar a humildade, vamos, sim, nos arrepender quando necessário. Todos nós cometemos erros e carecemos de arrependimento vez por outra. Vamos, então, deixar que a humildade e o arrependimento possam, juntos, nos guiar a uma melhor prática evangélica (mais uma vez, uso algum cognato do termo). E, principalmente, após praticar estes valores do Evangelho genuíno, vamos, enfim, apregoar esta mensagem. Que não venhamos a nos envergonhar das mensagens de humildade e arrependimento presentes no Evangelho. Vamos vivê-las e, então, compartilhá-las com este mundo que anda em direção completamente contrária a tudo isso. E que o Senhor, o Todo-Poderoso, nos ajude nessa difícil tarefa. Que ele nos dê uma semana de humildade e arrependimento.

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